tenho andado apaixonado por Cecília.
ela é a mais bem feita. cheia de curvas inesperadas.
quem dera fosse eu um dos artistas para entoar baladas pra minha amada.
eu que a ouço e nem quase respiro.
vivo a cantar pelos cantos, retas e curvas. e tudo por causa de Cecília.
me escutas Cecília, como poderia eu te chamar em silêncio se tudo que sei é dizer.
na tua presença palavras são brutas.
e eu, de lábios entre abertos, a tremer por ti, chamava teu nome.
mas nem as sutis melodias merecem, Cecília, teu nome espalhar por aí.
então quem serei eu.
e tudo culpa do pai.
o Chico, como eu.
Ultimamente tenho pensado em amigos e suas funcionalidades. Isso porque tenho reencontrado muita gente que não via há três ou mais anos ou que vejo com pouca frequência e geralmente lá pelo meio da conversa alguém diz "devemos nos ver mais vezes". Eu digo que não.
Isso porque cada membro do seu grupo de amigos tem uma função na amizade, oras. Se eu vou ver o Márcio Lúcio sem ser pra jogar um vídeo game, junto com o Antônio Henrique (que é quem de fato joga porque eu fico só assistindo), a gente dificilmente terá uma tarde muito bacana. Se eu encontrar Maria Antonieta e Carminha Maria que não seja no aniversário da Paula Fernanda, não há sentindo algum. Se eu não vejo o Mauro Paulo pra gente ficar simplesmente convivendo, muitas vezes por horas em silêncio, esse não é o Mauro Paulo e eu não sou o Alberto Rodrigo.
Cada amigo tem essa sua importância. Nem que seja para compor vom detalhes importantíssimos a paisagem vida.
Aí a gente fica muito tempo sem se ver, e quando se encontra, o video game é o mesmo, as conversas na beira da praia ou dentro de casa são como foram há um ou dois anos, as fugazes palavras ou momentos que passamos juntos tem uma importância enorme, embora, no momento de seu aocntecimento nem perceba-se.
Aí é que eu digo que sinto/senti/centeio, saudade.
ontem eu esqueci a minha idade.
de fato, por aproximadamente (não contados de fato) 6 minutos eu fiquei completamente desnorteado sem saber a minha idade.
tia: você tá com 20 e quantos mesmo.
eu: 20, só.
(pausa)
eu: não! 20 e...1?
_DESESPERO_
eu: pedro, quantos anos você tem?
pedro: quantos anos VOCÊ tem?
eu: não idiota. é sério. esqueci minha idade!
pedro: você tem 21!
_DESNORTEAMENTO_
algo como uma ressaca.
que medo de perder a memória.
Vai aí um texto de Vinicius de Moraes.
Sobre o qual eu tenho refletido bastante.
O tempo sob o sol
O sol de domingo pôs na praia toda a população da zona sul. Bateu de chapa na cidade falsa, em seus falsos arranha-céus, em sua falsa comunidade, e aí pelo meio-dia as areias de Copacabana, Ipanema e Leblon crepitavam de mocidades atléticas, madurezas adiposas e velhices murchas, num desperdício de carne humana. Jogos de bola, jogos de mão, jogos de olhares - a gente moça expunha-se com vigor ao cautério solar, enquanto os mais comprometidos com a morte resguardavam-se à sombra das barracas, dando um mergulho ou outro de curta duração e voltando ad locum suun inchando o peito e encolhendo a barriga.
Um espetáculo belo-horrível, para usar desse desagradável lugar-comum. Vi uns poucos amigos meus, gente a beirar os quarenta, todos eles com os tórax começando a se aplastar em distensões abdominais mais ou menos consideráveis: essas irremediáveis deformações que o tempo impõe ao corpo humano que prefere viver a se conservar; as mesmas que noto em mim mesmo diariamente e cuja eliminação exige uma força de vontade que não tenho e nem quero ter. Negócio pau, com que a gente sofre a princípio, depois acostuma-se porque não há nada a fazer. Vem tão rápido que mal se percebe. Um dia se é um rapazinho esguio, de perna forte e peito dividido, a dar "paradas" nos bancos da praia para as meninas verem; depois, súbito - um aborrecimento, um período duro, uma paixão, uma viagem - e se é um homem com cabelos começando a embranquecer, os músculos docemente cobertos por uma leve camada de gordura, o fígado inchado, milhões de responsabilidades e uma missão a cumprir na vida.
Tudo isso vem de repente, quando menos se espera. E chega para todo mundo, menos para os reservados, os que preferem se guardar para os vermes da terra. Essa dor do tempo, de que nenhum poeta falou direito ainda.
Mas é isso mesmo. Hoje somos nós, amanhã são eles, depois de amanhã são os filhos deles, nossos possíveis netos. Esta joça toda caminha para a constelação de Órion desde há alguns milhares de séculos. Em vista do quê, preparemo-nos para os pileques de fim de ano, que vêm aí. Mais um ano, meus amigos. Estamos fritos.
(entendam o título como quiserem)
Vêem que isso perdeu o sentido?
vê. Você?
Pois bem. Não há temática. E a liberdade é a pior das temáticas...a liberdade não como tema em si, mas como proposição. (Por que não gosto do que escrevo. talvez do como, sim.)
Ontem e hoje tive vontade de criar um outro blog. chamaria Ventilador. mas alguém já tem esse endereço, e não utiliza. isso é um crime!
pois bem. o ventilador me serviria talvez como guia-temática melhor. ou talvez seja apenas o caso de reestruturar o dois pontos.
mas e a tal pessoa que lê.
é melhor nem começar.
nunca mais, entre nós não dá mais nada mais. (significativo isso)
..fim da crise bloguística. mas nunca fim.
Quando se começa a sair para festas, percebe-se o quanto as pessoas fumam. Eu sempre achei que fumar era coisa de velho, adulto, vilões de filme, etc. Mas nos últimos tempos fui a algumas festas ou barzinhos e tive a triste inconvêniencia de estar com fumantes.
E, se antes, eu me afastava deixando bem claro o meu incômodo, agora eu até tolero. E foi ao perceber essa tolerância que eu comecei a me preocupar...
Caramba! Eu tô fumanto junto! E pior, paguei caro no meu perfume e pretendo feder perfume até o fim da noite!
Então não posso simplesmente ficar ali do lado, como se tudo estivesse bem. E como uma máscara de gás é muito cara, volto as opções me afastar ou parar de sair. Talvez as duas.
Que mundo fedido
A primeira vez que ouvi falar desse termo foi no segundo semestre de 2006, ou seja, há dois anos. De palavra pomposa para mim que parecia falar de um conceito universal de mundo e blá blá bla, hoje, a tal da incomunicabilidade é questão chave, e gostaria de abordá-la de alguma(s) (várias) maneira(s).
Um blog quase não faz sentido se não é lido por outros e esses outros comentam e falam sobre o que leram. Então é irônico eu querer falar sobre a incomunicabilidade em um lugar pouco atualizado e pouco frequêntado. Tomo isso como um pontapé, então.
Pensando por uns dois minutos rápidos levanto os seguintes subtemas.
Amores
Famíla
Amigos
Uma rápida tríade....
Lá ia eu caindo no discurso falso científico.
Tratando amor como cirurgia.
Falando sobre, ao invés de fazendo.
Vendo filmes bestas e sonhando com eles, querendo que minha vida fosse simples como na tela, mas colocando muitos empecilhos no caminho. Sou um carente extremo, e essa minha carência me consome de maneira absurda. Rege todos os meus movimentos, mesmo o mais simples caminhar... E como explicar isso pra todo mundo?
Bosta.
Segundo semestre na faculade de Artes Cênicas da Unicamp
"Sacra Folia"
"De onde se vê o mar"
"Dente Vicente"
Teatro pornográfico de bonecos
2 curtas
Uma
duas
três
quatro
cinco
Uma
cinco
três
duas
três
uma
uma
uma
UMA
Passei a tarde vendo no computador fotos da minha turma da faculdade. Três mereceram a minha atenção.
A primeira, data de uma "longínqua" quarta feira de março 2006, quando éramos, em suma, pessoas felizes que acabaram de passar na faculdade e qualquer coisa era motivo pra sorrir e se abraçar. O fato é que a gente se conhecia muito pouco e se gostava demais. Mal sabíamos que mais tarde aconteceriam duas baixas, e que a pessoa que se encontra do meu lado esquerdo na foto teria um relacionamento com a pessoa que se encontra também do lado esquerdo do outro autor desse blog que mudaria a vida dos dois (esse fato foi apenas colocado como curiosidade).
Na segunda já percebe-se uma formação de panelinhas, interesses em comum. Começava o nosso coleguismo e algumas amizades se estabeleciam. É engraçado pensar que a foto é apenas alguns meses (não mais do que 3) mais velha do que a primeira. E a gente mudou a beça! Graças a Deus, pude constatar que a maioria das mudanças foi pra melhor.
Ambas as fotos são do primeiro ano da faculdade. O curioso é pensar que no segundo ano não tiramos nenhuma foto em grupo, nítida evidência da divisão da turma em núcleos cruzados. Nessa época, fizemos um linha telefônica para recados que, se não fosse pelas repúblicas, daria u perfeito registro de quem é amigo de quem.
Por fim a de junho de 2008. Último dia antes das merecidas férias. Quase todo mundo com mudanças nítidas entre essa e a primeira foto. Num tempo em que nos conhecemos um pouco mais e nos gostamosum pouco menos. Contudo todo o gostar que possa existir entre cada membro das 23 pessoas que compõem a minha turma da faculade é verdadeiro. Por mínimo que seja ou mesmo por não existir.
Tudo isso acima, como preâmbulo para o próximo parágrafo.
Pode não ser verdade, mas me parece que as amizades feitas ou consolidadas no tempo de faculdade, ligadas ou não a esse lugar, são as que a gente vai carregar pela vida. Parece que chegamos a maturidade mínima para escolher as pessoas que queremos levar conosco por um bom tempo. E nem precisa ser aquele amigo que está ali sempre. Mas me parece que com os amigos desse tempo, os encontros serão sempre como um "já, nos conhecemos, vamos falar putaria, itimidades, da vida".
Românticos
Românticos são poucos
Românticos são loucos
Desvairados
Que querem ser o outro
Que pensam que o outro
É o paraíso...
Românticos são lindos
Românticos são limpos
E pirados
Que choram com baladas
Que amam sem vergonha
E sem juízo...
São tipos populares
Que vivem pelos bares
E mesmo certos
Vão pedir perdão
Que passam a noite em claro
Conhecem o gosto raro
De amar sem medo
De outra desilusão...
Romântico
É uma espécie em extinção!
Romântico
É uma espécie em extinção!
Românticos são poucos
Românticos são loucos
Desvairados
Que querem ser o outro
Que pensam que o outro
É o paraíso...
Românticos são poucos
Românticos são loucos
Como eu!
Românticos são loucos
Românticos são poucos
Como eu! Como eu!
Composição: Nado Siqueira
Quem gravou: Vander Lee
(tava com vontade de postar essa música que ontem ouvi tocarem num violão muito bom, num reunião de amigos queridos.)
Get Your Own Player!
Quendo éramos novos, a gente tinha tudo em comum, não importava de onde vinha. Se um falava de Donkey Kong o outro sabia exatamente do que se tratava e se alguém gritava Hadoouken, você sabia que estava sendo atacado. Nessas, nem se ligava se um não gostava de futebol ou não torcia para o mesmo time: todo mundo estava na sala, com o mesmo entusiasmo.
E a gente corria, andava de bicicleta, se machucava e gritava (e gritavam com a gente) junto.
Mas aí veio o tempo e cada um foi prum canto. Nossos encontros se resumiram a não freqüêntes reuniões, nas quais o assunto não passava do resumo do que cada um fazia. E assim, se antes todos se vestiam de amarelo, agora um era branco, o outro preto. Há quem diga que uns andam vestindo rosa.
escrito por chico
Pesquisando meus escritos (sim, eu tenho escritos) achei esse poema que escrevi em 2002, com 15 anos.
Está aberta a temporada de abertura dos meus escritos.
(não tem título; ainda)
Ela é perfeita
Resultado de equações e funções que formam sinuosas parábolas
Alguns dizem que é complicada
Mas simplesmente não entendem a sua complexidade
Não os culpo
Afinal é difícil entender tal ser tão imprevisível
Tão serena és possuídora da mais devastadora ira
Pode nos destruir com palavras
E pode nos reerguer com um sorriso
Espera pelo príncipe encantado
Mas não deixa de escapar com o bandido
Nela reside nosso céu e nosso inferno
Anjo da dualidade com a qual não sabemos lidar
Traz no ventre a perpetuação
Traz na língua a devastação
Algo tão indescritivelmente belo
Que se resume em uma palavra
Há várias por aí
A prostituta, a amiga, a amante
A sofredora, a operária, a sorridente
A triste, a contente, a de sempre
Todas delas têm um pouco
Juram que não, mas sabem que sim
Mas o seu apogeu não grassa em nenhuma dessas
Mas sim na mãe
Não somente a que gera
Mas a que cuida, a que ouve
A que aconselha e a que sorri
A cada sorriso de teu filho
E a que chora
A cada decepção daquele que um dia
Esteve em seu ventre
Amo todas e não posso negar
Mulher é viciante e perigoso
Provei uma vez e nunca mais vivi sem.
(ouvindo 2.99 Cent Blues - Regina Spektor; por acaso do destino. nada a ver com o post)
Ahhh....não consigo nem ler as letras disso aqui.
Quanto pó, quanta sujeira.
Passa o dedo.
Saudades.
De um blog que era mais cheio, mais transbordante.
Tá bom vai, saudade do que nunca existiu, ou do que eu não conheci.
Tenho essa velha mania.
Engraçado como às vezes a gente tem saudade do que não viveu (eu já falei disso aqui?, eita que deja vu...). Histórias que nossos pais contam e dão saudade, uma vontade de ter vivido elas, mas com uma certa impressão de que já vivemos. Algo como uma coisa que está no nosso inconsciente coletivo, no nosso gene, no nosso Euzão. hehehe.
Mas o momento não é de saudade, e sim de achar coisas. Tenho encontrado muitas coisas, coisas que perco mas que sei que nunca perco. É. Um dia eu sempre acho.
Viu só. Achei....agora mesmo, algumas palavras pra encher isso.
Sigo na minha mania de metalinguagem.
uma dica. Beijo Distraído (a música...vai, o ato também) com Nina Becker e Bebeto Castilho.
Tem certos momentos que deixam a vida a 120 por hora...
E que venha os 140
Esse era o bordão do Oliver, o cara que pegava todas no extinto "teste de fidelidade" do extinto Programa do distinto João Cléber. Para aquele, a sua profissão justificava qualquer coisa que ele fizesse com a mulherada e coisa e tal. Além de ator, Oliver era dançarino do clube das mulheres.
Então, hoje, numa rodinha onde pessoas respondiam quais eram suas eu tive que dizer, "sou ator", e todo mundo reagiu efusivamente, como se eu tivesse dito: sou um alienígena que veio na Terra com a missão de conquistar o mundo.
O fato é que ator é uma profissão que abrange tanta coisa. Semanas atrás uam mulher dizia numa entrevista que não queria ser chamada de"atriz pornô" (ela estava lançando um filme assim) e nem ser tacahda como um gênero. Apenas queria ser chamanda de atriz. Porque tinha feito três faculadades: Letras, Jornalismo e Artes Cênicas, além de novelas, o que contava tanto quanto sua atual incursão no mundo da pornografia.
Tendo em vista tanta gente que se diz ator ou artista, quando você é uma dessas coisas de verdade, fica até estranho na boca. O que eu devia ter dito? "Estudante de teatro", "Trabalho com teatro", "Palhacinho"? É tão fácil ver ator na televisão que qundo você se depara com um na sua frente que você nunca viu na Globo, você acha que é piada.
Banalizaram a bagaça.
Hoje eu senti falta do meu Ipod.
Seu nome era Du.
Ele foi roubado e hoje deve estar com um monte de música que eu não ouviria.
O Du cheio de música que não é do Du.
E os bandidos sabem que esse é o meu nome.
Du.
Hoje não ouço mais o Du.
Ele não costumava cantar muito, mas era um bom companheiro.
O Du me levava pra um momento só meu.
Minhas músicas.
Meu Du.
Não, esse daí de cima não é nenhum dos autores desse blog.
Esse cara se chama Vitor Araujo, tem uns 18 anos se não me engano. E tem que ouvir.
Apenas um clique pra você conhecer um pianista do caralho.
Um dos artistas que eu pude conhecer o trabalho na Virada Cultural de Sampa, que aliás, deveria ter no mínimo 2 vezes por semana. Ô troço bom e bem organizado. A prefeitura está de parabéns (comentário de tia velha).
O link pro myspace do moço: http://profile.myspace.com/index.cfm?fuseaction=user.viewprofile&friendID=292920948
Amor tem dessas coisas.
A gente vive dizendo que sente, mas nunca sabe se de fato está.
Eu estou amando?
Sempre sem resposta.
E você, o que me diz?
Na minha 5ª série do antigo primário houve um concuso de poesia. Nunca gostei de concursos, competições e afins porque a probabilidade de perder é muito maior do que ganhar. E se não for pra ganhar nem tem graça competir.
Pois nos altos dos meus 11 anos eu escrevia umas histórinhas bobas, hoje guardadas em um caderno de capa verde no armário da casa dos meus pais. Minha professora sabia delas, meus amiginhos também e eles me incentivaram a escrever uma poesia. "Você é tão criativo".
Acontece que de poeta tenho pouco, mas de cara de pau, tinha o bastante. Suficiente para abrir o guarda-livros lá de casa e pegar um poema que achasse raro, desconhecido, o que para mim devia ser algum que não estivesse na minha apostila. Estava ali a minha criatividade.
Depois de um tempo encontrei em um antigo livro de português um poema grande, do qual a única frase que me recordo era "as pessoas escoram nas paredes". Transcrevi para uma folha de almaço e enviei.
No mês seguinte o resultado: Segundo lugar. O prêmio foi um livro e meu poema foi lido numa festa na escola. Pais, professores, diretoria e alunos presentes. E ninguém percebeu que era impossível que uma criança de 11 anos pudesse escrever aquilo. "As pessoas escoram nas paredes".... ESCORAM, entende? Que criança com 11 anos sabe escrever um poema como aquele? Sabe fazer uma frase assim? Sabe o que é escorar!!!!??? Das duas uma: ou minha professora tinha que me chamar para uma bronca por tentar burlar o sistema ou para certificar-se da minha gênialidade. Escoram...
E pensar que hoje eu não escrevo nem bilhete.
Antes das 4, chegar em casa. Mas o hábito definiu o sono. Dormir às 4, acordar ao meio dia.
Dia perdido? Manhã.talvez.
Não adianta muito, chegar e esperar pelas 4 da manhã.
Há hábitos que vêm para o bem.
Começo a tratar como se muitos me lessem. É um exercício interessante. Instiga e dá animo, tente você também.
Eu não gosto de música.
Já disse isso uma vez aqui, e continuo a acretidar no fato. Não que eu não goste no sentido de "tenho aversão", mas não tenho atração. Não essa que meus amigos tinham no colegial de sentar a bunda e aprender a tocar um instrumento ou de acompanhar as músicas de um determinado artista ou gênero musical, e que meus amigos da faculade tem nowadays.
Mas as circunstãncias da vida me colocaram frente à necessidade de aprender música. Violão pra ser mais exato.
E agora eu me encontro sentado tentando aprender a primeira música, indicação de um amigo: "Pra não dizer que não falei das flores", que curiosamente diz "quem sabe faz a hora não espera acontecer"... Tâdâ!!
Ok, é bocó, mas lá estou eu, fazendo a hora, não caminhando, sentado, mas tentando seguir a canção (o que pra mim é dificuldade extrema, confesso), para, assim, passar da primeira estrofe.
Agora eu vou indo vencer o canção do cancioneiro popular....
A última coisa que ela me disse foi: "Eu sou uma personagem de Nelson Rodrigues" Então eu levei um baque na cabeça e não me lembro de nada direito; só me ficou a ânsia de vômito que tive nas horas seguintes. Ânsia de vomitar palavras.
O fim de semana serviu para ponderar algumas questões-chave. Nunca tinha pensado que a máxima cultivada por mim há vinte anos viesse a ser colocada em xeque. A única que eu carregava com toda a certeza: O mundo é das pessoas com conteúdo. É difícil explicar essa frase com toda profundidade que ela possui para mim, mas ela talvez seja entendida com: "Eu não consigo manter uma conversa de 5 munitos com alguém na qual meu intuito não é conversar" É fazer outra coisa.
E acontece que a regra do mundo é (em sua maioria): Pessoas conversam, pessoas se seguram, pessoas se beijam, pessoas se vão para a cama, se dizem tchau (exeto pelas pessoas atraentes fisicamente porque eles pulam a primeira e ás vezes a segunda etapa). Ou, pessoas conversam e ficam colegas.
E acontece que a única coisa que eu sei falar nos últimos dois anos foi: A minha vida na arte. Eu consigo manter conversa sobre teatro, cinema, quadrinhos, mundo nerd, sobre a Maisa, sobre sexo, mas não sobre... Eu nem sei sobre o que eu não consigo conversar porque EU NÃO CONSIGO CONVERSAR!!!!
Eu me tornei um Alien.
E ponto e vírgula, assunto em aberto.
A Páscoa passou? Passou? É passou, eu vi uns corredores de ovos pendurados quando passei na frente do supermercado.
E eu fiquei impressionado em saber que as pessoas comemoram a Páscoa, cultivam o sentimento de renovação e não sei o que mais essa data tem de especial. É uma inversão de valores impressionante: descobiri que se comemoram datas comemorativas. E nem precisa ser comemorar no sentido de celebrar com a família e tudo mais (apesar desse ser o caso que mais me impressiona), mas comemorar mesmo, farrear, celebrar, ver os amigos, etc.
Datas comemorativas nunca foram o forte da minha família. Vide o ano passado, no qual eu estranhei a comemoração de meu aniversário e todas as outras datas passaram com um telefonema. Telefonema basta?
Odeio o primeiro post depois de um tempo.
Amanhã tem mais, prometo.
O telefone tocou hoje aqui em casa 5 prás 10h. Acordei irritado (já é a segunda vez que ele faz isso comigo nessa semana) e escutei minha mãe falando "Oi Chico". "O que o Chico quer comigo?.. Hun... Bem que podia ser ele dizendo que está vindo pra cá passar o fim de semana. E não sabe o nome da minha rua... Ah, vai cagar, me liga mó cedo... Vou dormir... Tá bom vou atender..."
Passa tanta coisa fútil na nossa cabeça quando a gente acorda mau humorado. Passa tanta coisa inútil por tanto tempo. E enquanto essas coisas passam, o tempo passa, as pessoas passam, as pessoas casam, as pessoas nascem... E as pessoas morrem.
Quando as pessoas da nossa geração começam a casar e morrer é sinal de que estamos ficando velhos.
E assim, alguém muito querido se foi. Se foi hoje e eu vejo alguns amigos prestando pequenas homenagens aqui e acolá pela internet. Do jeito que cada um pode, quer, sei-lá, da maneira com que cada um lida com isso. Eu não ia fazer nada. Mas aí uma amiga escreveu que esse cara merece vária homenagens. É verdade.
Então, pensei em colocar no meu fotolog também a minha homenagem: já ia no meu arquivo buscar alguma foto que fosse propícia, mas acabei esbarrando no blog e achei que a minha homenagem podia vir por aqui. Porque foto nehuma que eu tenho vai conseguir dizer que eu homenageio o RBD (alcunha dada por mim com muito orgulho) escrevendo sobre o quanto eu admirava sua cara de pau. Cara de pau que ele mantinha pra defender o teatro de rua, o circo teatro, o que quer que fosse, no Brasil. Cara de pau que ele tinha pra entregar nas mãos de 23 alunos a tarefa de fazer uma peça de rua. Cara de pau em ligar, em correr atrás das coisas e em cobrar as pessoas para que a gente pudesse ir se apresentar no Rio de Janeiro, para que eu pudesse conheçer e me apresentar numa cidade tão bonita, com tanta história. E não sem lembrar a cara de pau que ele tinha pra rir de todas as piadas da nossa peça. Nossa calque. Cara de pau que eu queria ter. Por isso tentei da minha maneira ser próximo dele. Mas ser próximo de alguém pra mim é uma dificulade enorme. Fui até onde pude, queria tê-lo conhecido mais. Agora ele se foi. Estou ficando velho. As pessoas estão passando. Eu estou passando. Como serei lembrado?
Falou RBD.
Qaundo eu gosto de um filme, independentemente se ele é bom ou ruim, eu fico trsite no final, não é bem quando eu gosto de um filme, mas especificamente quando os personagens me atraem. Assim acontece com "O outro lado da rua". O filme é legal, mas as atuações de Fernanda Montenegro e Raul Cortez, principalmente da primeira, fazem com que você tome os personagens como íntimos e os acompanhe nessa linda história de descobertas sobre a vida. Blá!
foi. hoje eu fui na chopada da FEA da USP de Ribeirão Preto. é, dei uma chance pro diferente.
eu na multidão. uma ILHA. hehehe
me senti tão saudoso quanto a Unicamp. ir em festas de universidade que não são a sua é estranho, mas como disse dei uma chance. é o que vale. e a chance me custou ao todo 15 reais. ai minha santa, acho que amanhã vou ler na praça mágica, é de graça. o que será que vai ser de amanhã?
ah, e juro, juro que to fazendo de tudo pra colocar um template muito legal que achei mas que dá umas coisas erradas. alguém aí entende de template?
hehe, como se alguém lesse isso além da Laura. (aliás agradecido pela assiduidade hehehe)
não, não fumei maconha.
não, não comi brigonha.
não, não sou sobrinho da tia tonha (ha ha ha).
hoje me apresentaram a Praça Nina Santini, vulgo praça mágica!. Um lugar MUITO bonito, indescritivelmente cinematográfico e que me fez sentir muito bem, algo de infância perdida, ou de sonho esquecido. acho que na praça mágica casais namoram. acho que velhinhos se encontram. acho que crianças brincam. acho que adultos...eles brincam também. acho que eu vou virar frequentador assíduo da praça mágica.
quem quiser me encontrar estarei lá, onde o chão é vermelho e branco.
De volta ao lar, em paz. flutuando, depois de tanto voar.
se for esperar por inspiração isso daqui não se move, movimenta, sai do lugar.
projetos na cabeça, e acho que as palavras estão inclusas. os escritos.
organizar.
>>:fim de surto lógico
voltando à ativa. de "n" maneiras.
aterrisamos (é com dois "S"?) com segurança em solo brasileiro.
vídeos novos estão sendo colocados na rede (pra não dizer web, que me cansei de inglês)
E em direção A Ilha.
bem vindos.
''Há pessoas que passam pela nossa vida de raspão, e mesmo assim, sem uma conversa séria e profunda, nem um conhecimento grande que só se ganha com a convivência, tocam-nos no coração'' (Não sei o autor, mas está na peça ''Alma de Papel'')
Como foram esses dois meses de viagem? Muitas pessoas dirão que fizeram muitos amigos, alguns até pra vida toda. Por enquanto fiz um. A convivência nos fez companheiros e isso é bom.
Mas e as pessoas que, milagrosamente estou conhcendo nessa semana? Que, as vezes, estou vendo e só conversando no ônibus? Aquelas que eu tenho conhecido e que quero guardar, tentando viver um certo tempo com elas para ver se sou lembrado e se vou me lembrar? Algumas daqui de perto. Outras de tão longe. Impreterivelmente fadadas a esse único encontro.
Pela primeira vez estou trorcendo pela veracidade da afirmativa da peça.