Relembrando. do fundo do baú

escrito por chico
Pesquisando meus escritos (sim, eu tenho escritos) achei esse poema que escrevi em 2002, com 15 anos.

Está aberta a temporada de abertura dos meus escritos.

(não tem título; ainda)

Ela é perfeita
Resultado de equações e funções que formam sinuosas parábolas
Alguns dizem que é complicada
Mas simplesmente não entendem a sua complexidade
Não os culpo
Afinal é difícil entender tal ser tão imprevisível
Tão serena és possuídora da mais devastadora ira
Pode nos destruir com palavras
E pode nos reerguer com um sorriso
Espera pelo príncipe encantado
Mas não deixa de escapar com o bandido
Nela reside nosso céu e nosso inferno
Anjo da dualidade com a qual não sabemos lidar
Traz no ventre a perpetuação
Traz na língua a devastação
Algo tão indescritivelmente belo
Que se resume em uma palavra
Há várias por aí
A prostituta, a amiga, a amante
A sofredora, a operária, a sorridente
A triste, a contente, a de sempre
Todas delas têm um pouco
Juram que não, mas sabem que sim
Mas o seu apogeu não grassa em nenhuma dessas
Mas sim na mãe
Não somente a que gera
Mas a que cuida, a que ouve
A que aconselha e a que sorri
A cada sorriso de teu filho
E a que chora
A cada decepção daquele que um dia
Esteve em seu ventre
Amo todas e não posso negar
Mulher é viciante e perigoso
Provei uma vez e nunca mais vivi sem.


(ouvindo 2.99 Cent Blues - Regina Spektor; por acaso do destino. nada a ver com o post)
 

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