Texto da América

Categoria: escrito por Eduardo Bordinhon
Ultimamente tenho pensado em amigos e suas funcionalidades. Isso porque tenho reencontrado muita gente que não via há três ou mais anos ou que vejo com pouca frequência e geralmente lá pelo meio da conversa alguém diz "devemos nos ver mais vezes". Eu digo que não.
Isso porque cada membro do seu grupo de amigos tem uma função na amizade, oras. Se eu vou ver o Márcio Lúcio sem ser pra jogar um vídeo game, junto com o Antônio Henrique (que é quem de fato joga porque eu fico só assistindo), a gente dificilmente terá uma tarde muito bacana. Se eu encontrar Maria Antonieta e Carminha Maria que não seja no aniversário da Paula Fernanda, não há sentindo algum. Se eu não vejo o Mauro Paulo pra gente ficar simplesmente convivendo, muitas vezes por horas em silêncio, esse não é o Mauro Paulo e eu não sou o Alberto Rodrigo.
Cada amigo tem essa sua importância. Nem que seja para compor vom detalhes importantíssimos a paisagem vida.
Aí a gente fica muito tempo sem se ver, e quando se encontra, o video game é o mesmo, as conversas na beira da praia ou dentro de casa são como foram há um ou dois anos, as fugazes palavras ou momentos que passamos juntos tem uma importância enorme, embora, no momento de seu aocntecimento nem perceba-se.
Aí é que eu digo que sinto/senti/centeio, saudade.
 

2 comments so far.

  1. Unknown 26 de dezembro de 2008 às 14:08
    Adorei.
    Desde o título.

    Concordo, mas também acho que essas funções são bem maleáveis.
  2. chico 26 de dezembro de 2008 às 16:04
    fiquei pensando na minha função.

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