Meu tempo sob o sol
A Praia do Tombo, no Guarujá, é um universo.
De 26 de dezembro até hoje, dois dias de chuva, mais uns dois de céu encoberto. E nos dias de sol a presença de meu amigo. Diferente da maioria das pessoas, meu amigo e seu irmão (e eu, por osmose) praticam a peculiar atividade de chegar na praia e caminhar. Caminhar o tempo todo, por isso a peculiaridade. Com seus 2 quilômentros aproximadamente, não leva muito tempo pra você dar uma volta na praia. Nós fazemos isso incontáveis vezes porque ficamos 5 horas na praia, andando, parando um pouquinho em pé, andando. Há quem diga que isso é curioso e chama atenção. "Lá vem eles de novo", já foi algo que chegaram a dizer.
Me retirando um pouco de cena, e colocando uma câmera de documentador sobre meu ombro observo a rotina desses dois irmãos. Os dois, altos, um sendo uma parede de músculos, porém sem beleza alguma no rosto que o destaque. O mais novo é menos forte, mas isso não faz muita diferença, e com um rosto até bonitinho, mais alto, olhos e cabelos claros. Caminham pra cima e pra baixo, olham um grupo de mulheres aqui, outro acolá. Param, chamam. São parados e chamados.
Geralmente eu evito andar na companhia dos dois juntos. É uma dupla de homens parecidos procurando por uma dupla de mulheres parecidas. O tipo de mulher que não olharia pra mim e que pra mim fica a contento só o olhar.
Ontem, caminhei na praia com meu amigo, atividade que realizamos juntos há uns 4 anos, quando éramos mais novos e mais magros. Porém uma coisa estava muito diferente de anos atrás. Agora meu amigo era o destaque da praia. Andar com ele por lá era deixar a auto estima em casa e caminhar. Muita gente olhava pra ele; de garotinhas púberes a mães de família. E eu ali, o documentador. Tão assistente que chegamos ao cúmulo de sermos abordados por duas garotas que pediram pra tirar uma foto com ele. Primeiro com cada uma, depois as duas juntas, sendo eu o fotógrafo. Quando elas se foram, perguntei se as conhecia. Ele me disse que não e eu dei uma gargalhada do surreal da situação. Elas não eram bonitas. Acho que queriam levar um cartão postal da cidade e ele foi escolhido como ponto turístico.
Voltamos a caminhar e conversar. Meninas aqui, outras acolá. Caminhamos mais umas infinitas vezes e continuaremos caminhando. Talvez hoje não porque está nublado. Terça com certeza. Eu com minha câmera invisível, documentando, rindo, ficando calado. O verão é a época mais engraçada do ano.
De 26 de dezembro até hoje, dois dias de chuva, mais uns dois de céu encoberto. E nos dias de sol a presença de meu amigo. Diferente da maioria das pessoas, meu amigo e seu irmão (e eu, por osmose) praticam a peculiar atividade de chegar na praia e caminhar. Caminhar o tempo todo, por isso a peculiaridade. Com seus 2 quilômentros aproximadamente, não leva muito tempo pra você dar uma volta na praia. Nós fazemos isso incontáveis vezes porque ficamos 5 horas na praia, andando, parando um pouquinho em pé, andando. Há quem diga que isso é curioso e chama atenção. "Lá vem eles de novo", já foi algo que chegaram a dizer.
Me retirando um pouco de cena, e colocando uma câmera de documentador sobre meu ombro observo a rotina desses dois irmãos. Os dois, altos, um sendo uma parede de músculos, porém sem beleza alguma no rosto que o destaque. O mais novo é menos forte, mas isso não faz muita diferença, e com um rosto até bonitinho, mais alto, olhos e cabelos claros. Caminham pra cima e pra baixo, olham um grupo de mulheres aqui, outro acolá. Param, chamam. São parados e chamados.
Geralmente eu evito andar na companhia dos dois juntos. É uma dupla de homens parecidos procurando por uma dupla de mulheres parecidas. O tipo de mulher que não olharia pra mim e que pra mim fica a contento só o olhar.
Ontem, caminhei na praia com meu amigo, atividade que realizamos juntos há uns 4 anos, quando éramos mais novos e mais magros. Porém uma coisa estava muito diferente de anos atrás. Agora meu amigo era o destaque da praia. Andar com ele por lá era deixar a auto estima em casa e caminhar. Muita gente olhava pra ele; de garotinhas púberes a mães de família. E eu ali, o documentador. Tão assistente que chegamos ao cúmulo de sermos abordados por duas garotas que pediram pra tirar uma foto com ele. Primeiro com cada uma, depois as duas juntas, sendo eu o fotógrafo. Quando elas se foram, perguntei se as conhecia. Ele me disse que não e eu dei uma gargalhada do surreal da situação. Elas não eram bonitas. Acho que queriam levar um cartão postal da cidade e ele foi escolhido como ponto turístico.
Voltamos a caminhar e conversar. Meninas aqui, outras acolá. Caminhamos mais umas infinitas vezes e continuaremos caminhando. Talvez hoje não porque está nublado. Terça com certeza. Eu com minha câmera invisível, documentando, rindo, ficando calado. O verão é a época mais engraçada do ano.