"Porque se sujar faz bem"
Talvez eu devesse ler Sade antes de escrever isso. Portanto vou considerar aqui um rascunho e daqui um ano, mais ou menos, quando acredito que terei lido o dito cujo, farei a "versão definitiva e estendida" do meu texto.
Minha reflexão começou em um ônibus de excursão quando um de meus amigos disse que os médicos indicam o uso de camisinha para quem vai enfiar o dedo no cu, porque pode-se sujar as unhas e causar (ambigüidade) uma infecção no dedo ou aonde este tenha ido depois da atividade. O público ao redor reagiu com risos, em sua maioria por crer que colocar uma camisinha no dedo é estranho e não pelo que rege o bom costume social de achar que enfiar o dedo no cu não é certo.
Tirando o cu da reta e deixando ele de lado ou, sei lá, englobando ele numa discussão mais ampla, e deixando claro que apoio e pratico o sexo seguro, comecei a pensar no quanto sexo é sujo. Vamos aos fatos: Duas pessoas que, se já não estavam suadas, suarão dentro de instantes, começam a se beijar, lamber, morder, etc. Imagine o quanto somente de pele, cabelos e pelos sabe se lá de onde são engolidos ou, no mínimo, passam pela mucosa bucal. E tem gente que tem nojo de dividir copo! E então, suas mãos passam por muitas partes do corpo do outro e pelo seu e em casos menos ortodoxos, do outro, da outra, da outra... Pra não falar nas noites em que ambos chegam em casa e vão pra cama depois de um dia inteiro de trabalho. Vai saber por onde tudo isso passou o dia!
E, mesmo assim, continuamos a fazê-lo, enfiando ou deixando enfiar, com detalhes ainda mais sort(d)idos que eu, no pouco dos meus 21 anos, desconheço, e achamos muito bom e assim caminhamos a diante. É claro que os mais conservadores dirão que escolhem bem onde colocam a boca, mas a verdade é que, no fim, colocam.
E isso não é ruim. Porque, embora quando pequeno a mãe tenha dito "não coma terra" ou "não fique andando descalço no chão sujo" a maioria, ainda bem, comeu e andou. E nossos queridos ancestrais fizeram o mesmo (tanto no comer terra, como no comer cu), e ficamos nós aqui, parcialmente imunes a muita coisa.
É claro que quanto mais limpinho puder ser, melhor; mas, para que a coisa aconteça de fato é preciso no mínimo não ter medo de se sujar. É como o rapaz que vai ao churrasco com roupa nova e não quer nem chegar perto da piscina. Ele esteve lá, mas não aproveitou tudo.
Então, fica a querida frase do sabão em pó como título desse texto, nesse blog que é como quase todo ser humano. Piegas, confuso, bonitinho e sexual; afinal é feito de ossos, ligamentos e, o mais importante, carne.
Minha reflexão começou em um ônibus de excursão quando um de meus amigos disse que os médicos indicam o uso de camisinha para quem vai enfiar o dedo no cu, porque pode-se sujar as unhas e causar (ambigüidade) uma infecção no dedo ou aonde este tenha ido depois da atividade. O público ao redor reagiu com risos, em sua maioria por crer que colocar uma camisinha no dedo é estranho e não pelo que rege o bom costume social de achar que enfiar o dedo no cu não é certo.
Tirando o cu da reta e deixando ele de lado ou, sei lá, englobando ele numa discussão mais ampla, e deixando claro que apoio e pratico o sexo seguro, comecei a pensar no quanto sexo é sujo. Vamos aos fatos: Duas pessoas que, se já não estavam suadas, suarão dentro de instantes, começam a se beijar, lamber, morder, etc. Imagine o quanto somente de pele, cabelos e pelos sabe se lá de onde são engolidos ou, no mínimo, passam pela mucosa bucal. E tem gente que tem nojo de dividir copo! E então, suas mãos passam por muitas partes do corpo do outro e pelo seu e em casos menos ortodoxos, do outro, da outra, da outra... Pra não falar nas noites em que ambos chegam em casa e vão pra cama depois de um dia inteiro de trabalho. Vai saber por onde tudo isso passou o dia!
E, mesmo assim, continuamos a fazê-lo, enfiando ou deixando enfiar, com detalhes ainda mais sort(d)idos que eu, no pouco dos meus 21 anos, desconheço, e achamos muito bom e assim caminhamos a diante. É claro que os mais conservadores dirão que escolhem bem onde colocam a boca, mas a verdade é que, no fim, colocam.
E isso não é ruim. Porque, embora quando pequeno a mãe tenha dito "não coma terra" ou "não fique andando descalço no chão sujo" a maioria, ainda bem, comeu e andou. E nossos queridos ancestrais fizeram o mesmo (tanto no comer terra, como no comer cu), e ficamos nós aqui, parcialmente imunes a muita coisa.
É claro que quanto mais limpinho puder ser, melhor; mas, para que a coisa aconteça de fato é preciso no mínimo não ter medo de se sujar. É como o rapaz que vai ao churrasco com roupa nova e não quer nem chegar perto da piscina. Ele esteve lá, mas não aproveitou tudo.
Então, fica a querida frase do sabão em pó como título desse texto, nesse blog que é como quase todo ser humano. Piegas, confuso, bonitinho e sexual; afinal é feito de ossos, ligamentos e, o mais importante, carne.
um beijo!