Morte
Ontem me senti criança pois fui dormir sem tomar banho. Nenhum dos adultos soube disso e também não escovei os dentes. Tinha os pés sujos porque pulei o muro para chegar em casa e o corpo suado. Corpo de quem correu, gritou, sorriu e chorou. Tudo em um dia. Também andei de bicicleta tomei lanche com os amigos e conversei com eles. Não me importei se meus cabelos estavam para cima ou para lá.
Mas acabou que ontem fui dormir tarde como na minha adolescência, sonhei com mulheres como na minha juventude e acordei hoje para a vida como um adulto. Ainda não tomei banho, mas os muros a pular são mais altos e menos divertidos, o corpo sua por causa do trabalho e riso e choro não são mais tão leves: arranham a garganta da conversa com amigos que tomavam lanche comigo. Boa noite mãe. Me cobre e conta uma história.
Mas acabou que ontem fui dormir tarde como na minha adolescência, sonhei com mulheres como na minha juventude e acordei hoje para a vida como um adulto. Ainda não tomei banho, mas os muros a pular são mais altos e menos divertidos, o corpo sua por causa do trabalho e riso e choro não são mais tão leves: arranham a garganta da conversa com amigos que tomavam lanche comigo. Boa noite mãe. Me cobre e conta uma história.
Estranho é ele chamar morte, e não vida.Só se a gente pensar que cada dia vivido é um dia a menos, não a mais.
Mas eu vou pegar esse Pontinho no colo e balançar ele até ele dormir, cantando uma canção de ninar... pra mostrar que por mais que os muros fiquem cada vez mais altos, sempre tem alguém disposto a dar um pouco de conforto depois de tantos pulos...
é bem assim!
querendo colo...dando meus pulos.
e na pindaíba!
conto a história do Peter Pan, já que ele não queria crescer.
E crescer é chato.