No country for old men

Categoria: escrito por Eduardo Bordinhon
Tentarei ser o menos falso moralista possível, mas acredito que as chances de cair nisso são grandes.

Por muito fui educado a ser um garoto correto. Acho que toda criança é mais ou menos assim. O que meus pais não sabiam é que eu levaria tão a sério essa educação. Então eis me aqui; tímido, excessivamente "saudável", quase vigoréxico. Não fumo, não bebo e não frequento baladas. Tudo bem que a parte da saúde me faz um bem danado. As últimas doenças que tive pouco me afetaram e duraram poucos dias. Sigo o exemplo de Lance Armstrong. Conhecem ele?
Para os meus amigos meu espírito é velho, e alguns mais tolos chegam a dizer que eu não aproveito a vida. Me digam eles o que é "não aproveitar a vida". Meus netos além de ter muito o que ouvir, terão muito de mim. E se eu morrer antes disso, pode se dizer que a máquina funcionou bem enquanto durou e foi feliz.
Assim eu sigo o tempo que me é dado na terra.
E se sou por muitas vezes certinho demais, chato, carola... sinto muito; esse sou eu e concordo contigo que eu sou o diferente no mundo. Não melhor nem pior. Apenas diferente. E se eu tenho aversão a esse mundo em que vivemos hoje, no qual as regras que usamos pra viver estão deturpadas e facilmente as rompemos pra depois nos arrepender, digo que prefiro o meu tempo, por mais que ele nunca tenha existido, embora esteja dentro de cada um.
 

1 comment so far.

  1. Unknown 26 de janeiro de 2009 às 12:34
    Ahhhhh você é o velho de 20 anos maaaaais lindo que eu conheço!!!!

    Mas o engraçado é que eu sei que não cuido de mim como deveria, mas meu corpo também funciona perfeitamente bem. Bebo muito, fumo um pouco e...ele tá aí, firme e forte.

    Não acho que estarei menos aqui pros meus netos.

    E, afinal, uma taça de vinho por dia melhora a circulação, o coração, ou algo assim....rs

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